Dia mundial de conscientização sobre a doença falciforme.

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Você sabe o que é a Doença Falciforme?

Pois muitas pessoas devem ter próximo alguém com doença Falciforme sem saber.

O problema é basicamente esse, a falta de conhecimento sobre uma doença tão crônica, que está profundamente ligada a construção étnica brasileira, permeia a história da diáspora africana e a escravidão no Brasil.

 A Doença Falciforme é hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma “foice”, daí o nome FALCIforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.

 As pesquisas indicam que a doença surgiu na África, por alguma alteração genética, e foi trazida ao Brasil pelos africanos escravizados, durante a diáspora africana, tanto é que os focos onde a doença é mais popular são na Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro, onde houve uma maior incidência de negros escravizados. No Ceará temos cerca de mais de 450 registros, porém, sabe-se que podem existir mais de UM MILHÃO de outros casos que não estão catalogados por questão de falta de conhecimento e conscientização.

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Os sintomas mais comuns da doença são as dores locais, geralmente dores súbitas no peito, há baixos níveis de oxigênio no corpo, desidratação, fadiga, febre, mal estar ou tontura, afeta no desenvolvimento da pessoa, em alguns casos como puberdade precoce. O que ocorre, basicamente, é que a célula, tem ser formado em “disco”, o que facilita sua fluidez, com o formato em foice, ela acaba por não fluir como deveria, prejudicando a circulação sanguínea.

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 A doença, que deveria ser comum pela grande miscigenação étnica que o Brasil tem ao longo de sua história, não é tratada de forma correta por muito profissionais, que em muitos casos se esquecem de fazer um acompanhamento mais adequado para descoberta e tratamento.

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Hoje, em nossa visita ao Hemoce, conhecemos Ronaldo, presidente da Associação Cearense das Pessoas com Doença Falciforme e o Dr. Osanildo Nascimento que trocaram uma ideia conosco sobre a necessidade de conscientizar a população sobre a necessidade de conhecermos mais sobre a doença. Ações pontuais, em frente ao Hemoce, com cartazes, distribuição de camisas e bonés e debates sobre a temática foram feitas na manhã dessa sexta feita, tendo em vista que dia 19 de junho é o dia mundial de conscientização sobre a doença falciforme.

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Um agradecimento especial a enfermeira Adlene que nos convidou para participar deste evento pra lá de especial.

O Plurais Urbanos está junto dessa galera, ajudando a avançar na conscientização da doença.

 Valeu!

 David Faustino